Quando me estendeste a mão
Onde eu naufrago o meu pobre existir
só há ranger de dentes, noite fria, escuro céu, não se vislumbra o dia. Onde eu me afogo, o pranto é o elixir dos sofredores que não têm razão para viver, que em nada mais se fiam. Onde eu estou, irmãos se digladiam. Onde eu me escondo há só escuridão. Mas, quando me estendeste a mão amiga e me mostraste a vida como é linda em mundo diferente, eu pude, enfim, recuperar minha feição antiga, e pude descobrir que existe ainda o ser sentimental que habita em mim.
Paulo Camelo
Enviado por Paulo Camelo em 09/07/2005
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